Entrevista feita pela Rádio Gaúcha dia 04/12/10 com nosso diretor comercial Jean Aquino.
Falta mão de obra, mas remuneração não atrai trabalhadores qualificados para a construção civil
4 de dezembro de 2010 | Categorias: Sem categoria
Mauro Vieira/Agência RBS
Nos últimos 12 meses, a construção civil criou 19 mil postos de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre e a reclamação de falta de mão de obra é constante entre os empreiteiros. O Sine tem vagas para servente de obras que ficam abertas por até 6 meses.
Técnico em edificações, Jean Aquino enfrenta problemas nas obras que coordena porque os trabalhadores abandonam as vagas.
- Uma kombi passa cedo da manhã nas obras e perguntam para os trabalhadores: "quanto tu ganha?". Se ganha 500, oferece 600 e o trabalhador sobe na kombi.
Mas, além de falta de pessoas, a reclamação é a baixa qualificação. A maioria das funções, como eletricista e colocador de cerâmica, precisa de algum tipo de conhecimento, que pode ser adquirido na prática ou em cursos técnicos. Só que o aumento de trabalhadores na construção civil teve um crescimento muito maior do que a remuneração.
A ocupação subiu 58% nos últimos cinco anos, enquanto o rendimento médio aumentou 23%, seguindo o Dieese. O economista Eduardo Schneider avalia que o salário não estimula ainda os trabalhadores a se qualificarem. Além disso, não atrai pessoas comprometidas e dispostas a buscar conhecimento
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